Vencedor do prêmio Minuano de poesia de 2024, o escritor e professor Pedro Gonzaga lança seu mais novo livro de poesia, A deposição das armas. É uma obra iniciada com a mudança do poeta para Buenos Aires, instigada pela busca de uma expressão mais direta da lírica, uma espécie de armistício com a técnica, um recomeçar em um novo contexto cultural e linguístico.
Segundo o autor, "depor as armas, aqui, é tentar olhar para o campo de batalha poética em um momento de serenidade, reduzindo a máquina de guerra (técnicas e temas) a um caráter de estudo: os 57 poemas que compõem esta obra. Como num tratado de paz, há uma cláusula estabelecida para todas as negociações: estão compostas em dísticos — estrofes de dois versos, há séculos base de criação poética nas mais variadas culturas humanas".
O livro tem na capa obra de Guilherme Dable (Acervo Margs). Projeto gráfico da designer Bia Clementino.
Na noite do dia 9 de abril/2025, no Instituto Ling, em Porto Alegre, haverá a apresentação do livro, com a leitura de alguns poemas, em um evento em três partes. Com a mediação do amigo, historiador e psicanalista Felipe Pimentel, que também participa de um pequeno show com o autor.
Sobre o autor:
Pedro Gonzaga é natural de Porto Alegre. Professor, músico e escritor, tem onze obras publicadas, entre prosa, poesia, crônica e ensaio, tendo sido vencedor na categoria de poesia do Prêmio Minuano de Literatura, em 2024, com o livro Porto Alegre Blues (Ardotempo). Também exerce a atividade de tradutor, com mais de vinte obras vertidas ao português. Doutor em Letras pela UFRGS, é cronista do Portal Sler e do Estado da Arte, blogue do Estadão. Desde 2022 vive em Buenos Aires. Para a Isto Edições traduziu a obra A destruição ou o amor, do Nobel de Literatura espanhol Vicente Aleixandre.
— A deposição das armas
de Pedro Gonzaga
Tamanho: 14x21cm
Capa brochura com orelhas
Poesia. 2025. 82 páginas.
ISBN 9786584935235
Um dos poemas do livro:
aqui e ali as migalhas
das consequências
os anos — não o tempo
as memórias — não a vida
a glória do mundo conceitual
a possível perfeição — uma visita guiada
enquanto buscamos o perdido em pupas
senão cacos para cortar os dedos
