A ilusão da longa noite — Inés Kreplak
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A ilusão da longa noite — Inés Kreplak - Editora Isto Edições – Livros de poesia

A ilusão da longa noite — Inés Kreplak

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Férias
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A ilusão da longa noite traz em seus versos as ausências, a dor e a injustiça, mas também os amores (quase) românticos que vão “medianamente bem”; o desconforto em desejar novas vidas na noite que se estende; a mãe que se foi fora de hora.

“Trabalho com as palavras/ com a mesma atenção/ e o mesmo temor/ com que hoje atravesso este arroio” define a autora, enquanto a gata lhe olha da mesa de cabeceira.

Inés Kreplak nasceu em Buenos Aires em 1987. Licenciada em Letras, é mestre em Direitos Humanos e Democratização. Em 2019 foi selecionada como poeta na Bienal de Arte Jovem e escolhida como editora para participar do programa Elipsis do British Council Colômbia.

Este seu livro foi publicado na Argentina (Santos Locos, 2019) e na Colômbia (Sincronía, 2021). A autora tem também um romance e um livro de contos e um novo livro de poesia lançado em 2022, Otras pieles (Santos Locos).


Tradução de: Isabella Brandão Edição bilíngue

Poesia. 11x18cm. 82 páginas.

ISBN: 9786584935075

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Sobre a Coleção Pequenas Noites:

Um conjunto de vozes femininas de variados países aqui reúne-se. Uma coleção de livros só com autoras dos países nossos vizinhos: são seis livros lindos de jovens poetas contemporâneas inéditas no Brasil, em traduções exclusivas e edições bilíngues.

 

Com as capas trazendo obras de fotocolagem realizadas pela pioneira da fotografia moderna na Argentina, Grete Stern, a coleção traz no título uma referência à poeta argentina Alejandra Pizarnik e seu verso "Enamorada de las palabras que crean noches pequeñas en lo increado del día y su vacío feroz.".

 

Os livros vêm para valorizar a escrita da Sudamérica de língua espanhola — de poesia tão rica, diversa e próxima, porém pouco reconhecida por nós —  e para colaborar na desconstrução de estereótipos e preconceitos sobre o que seria uma "literatura feminina".

 

 

Trecho de um poema do livro:

 

Simples

I


Alguns meios-dias quando volto
caminhando da estação Arata
escuto música e sorrio
Eu gosto de cantar mesmo que eu o faça mal
Respiro entrecortado, não chego aos agudos
talvez até desafine
Mas a minha alma salta, se eleva
dá voltas no ar, rebate
quica e sobe. Demora em descer

Nesses instantes somos a música
as folhas do outono, as ruas e eu
fazendo de conta que a vida é assim
que não há que chegar a lugar nenhum
e que tudo está no jeito de seguir
Sempre com estilo, com caráter
Sempre musical.

 

(...)