Vestígios de eternidade — Cleber Baleeiro
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Vestígios de eternidade — Cleber Baleeiro

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Vestígios de eternidade é o quarto livro de Cleber Baleeiro, no qual ele trabalha sua poesia tematizando a experiência humana do tempo a partir da perspectiva mítica.

Os quatro poemas longos que compõem o livro baseiam-se em quatro mitos: as narrativas orais do neoxamanismo; o mito judaico de Lamec e do conflito entre camponeses e moradores das cidades; a imagem de Iroko, enquanto orixá do tempo, e dois momentos do mito de Jacó (mito fundante do povo hebreu), representando um movimento de partida e retorno.

 

“Este livro é um pequeno inventário de mundo em que o ser e os elementos da existência estão constantemente entrelaçados, num diálogo misterioso que o autor desvela aos poucos tal qual um pintor impressionista.” — Wellington Amancio da Silva, no posfácio da edição.

 

Vestígios de eternidade
de Cleber Baleeiro
Tamanho: 14x21cm
Capa brochura com orelhas.
Poesia. 84 páginas.
ISBN 9786584935037

 

Disponível também em nossa loja na Amazon

 

Sobre o autor:

Cleber Baleeiro nasceu em Macarani, no lado baiano da divisa com Minas, morou na capital pernambucana e no interior do Maranhão e, desde 2007, vive em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista; é doutor e mestre em Ciências da Religião, professor na Universidade Metodista de São Paulo e pesquisa temas ligados à filosofia da religião, à hermenêutica, às teorias do mito e às relações entre religião, literatura e cultura pop.
Escreve poesia há mais de 20 anos, publicou em coletâneas e revistas de literatura e cultura e é autor de três livros de poemas: A constituição do mundo (Parresia), Tempo que retorna (Parresia) e Antropologia dos afetos (Caravana).

 

Alguns trechos de poemas:

 

O fazer do xamã (trecho)


I

caminhar caminhos tortos
que tomam forma de pés

pisar o chão e além dele
como peixe no riacho

sair do chão sem saltar
estar no chão sem ter ido

o chão pisado de pés
e o chão cujos pés não pisam


II

ser cada bicho na mata
olhar com olhos de bicho

ser o outro de si mesmo
ver a si mesmo no outro

afirmar-se na visão
que engole a vida do homem

afirmar-se como homem
diante do que não o sabe

ter corpo como o de gente
ter olhos como os de bicho

(...)

 

Peniel (trecho)


III

agarro a mim mesmo
no calor de uma luta
que me toma a vida inteira
e sinto em meus braços
lãs de ovelhas
e olhos de filhos

meus braços são pedra
contra pedra

agarro as estrelas que vejo
agarro o mundo

agarro meus próprios braços
e não os solto
enquanto não forem meus

(...)