Na boca dos tristes — Paula Simonetti

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Na boca dos tristes é um livro de poemas que trazem lembranças vivas, as memórias nítidas, as pessoas ainda presentes nos versos e nos títulos: Isabel, Cristian, Milagros, Nelson (e a tarde em que Nelson morreu)...  Foi o primeiro livro da autora, publicado no Uruguai em 2014 (editora Lo que vendrá), com o qual recebeu menção no concurso literário Juan Carlos Onetti.

Paula Simonetti é uruguaia de Montevidéu, onde nasceu em 1989; é poeta, pesquisadora e professora, mestre em Sociologia da Cultura e doutora em Sociologia. Seus trabalhos poéticos integram publicações de diversos países, como Estados Unidos, México e Colômbia. Recebeu prêmios e distinções, como o Prêmio de Poesía Jovem Pablo Neruda. Seu segundo livro, Este amuleto que não me protege mais, também faz parte desta coleção.

Tradução de: Eduarda Rocha Edição bilíngue

Poesia. 11x18cm. 92 páginas.

ISBN: 9786584935082

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Sobre a Coleção Pequenas Noites:

 

Um conjunto de vozes femininas de variados países aqui reúne-se. Uma coleção de livros só com autoras dos países nossos vizinhos: são seis livros lindos de jovens poetas contemporâneas inéditas no Brasil, em traduções exclusivas e edições bilíngues.

 

Com as capas trazendo obras de fotocolagem realizadas pela pioneira da fotografia moderna na Argentina, Grete Stern, a coleção traz no título uma referência à poeta argentina Alejandra Pizarnik e seu verso "Enamorada de las palabras que crean noches pequeñas en lo increado del día y su vacío feroz.".

 

Os livros vêm para valorizar a escrita da Sudamérica de língua espanhola — de poesia tão rica, diversa e próxima, porém pouco reconhecida por nós —  e para colaborar na desconstrução de estereótipos e preconceitos sobre o que seria uma "literatura feminina".

 

Um poema do livro:

 

Milagros

A mãe encosta o prato com desânimo
abana a amargura para que esfrie
faz cinco anos que seu nome nasceu
e já não posso ir até seu berço
com uma canção
com um poema
de noite apenas acendi
a luz deste cigarro
e trouxemos com muito trabalho
a lua até o prato
o riso à boca
Coma, Milagros
grita sua mãe quando guarda
essa boneca sem braços
Você ainda sabe viajar de noite
aos parques onde o vento te balançava na rede