O pássaro mais medroso do mundo — Jonedsun - comprar online
O pássaro mais medroso do mundo — Jonedsun na internet
O pássaro mais medroso do mundo — Jonedsun - Editora Isto Edições – Livros de poesia
O pássaro mais medroso do mundo — Jonedsun - loja online
O pássaro mais medroso do mundo — Jonedsun - loja online
Sem Estoque

O pássaro mais medroso do mundo — Jonedsun

R$34,00

2 x de R$17,00 sem juros
4% de desconto pagando com Boleto

Nova tiragem disponível!

"Em O pássaro mais medroso do mundo estamos diante de um passarinho assustado, daqueles que cai da árvore e se perde do seu ninho mesmo antes de aprender a voar. E são esses aprendizados, essas tentativas, erros e acertos, que iremos acompanhar de perto", diz Baga Defente no prefácio da edição.

Andança, Voo e Pouso são as etapas do trajeto pelo qual o poeta nos conduz ao longo da obra, que possui uma narrativa atravessando-a da primeira à última página, a história dessa ave assustada — a qual, já nos versos finais do poema inicial, vemos que "caiu de bico na terra,/ e pôs-se a vagar sobre o tórrido chão."

E é com essa inesperada coragem que ela atravessa o céu, recorda-se de Ícaro — aquele que "voou de encontro à aurora/ caiu rente ao mormaço" e, ao invés de queimar-se também, prepara seu Pouso, onde se depara com questões mais terrenas, como a mentira, o fracasso e as relações abusivas.

A capa faz referência à figura de Ícaro e ao design do cartaz da peça A raisin in the sun, de Lorraine Hansberry.

 

Sobre o autor:

Jonedsun é baiano do interior e poeta do sol. Começou a publicar seus poemas na página autoral "Sol de Sábado" em 2017. Em 2020, publicou o e-book sol de sábado: uma antologia poética, com poemas da página. É estudante de Letras Vernáculas na UFBA e faz parte da equipe de autores da Fazia Poesia, portal de poesia contemporânea. É, também, medroso.

   
  Adquirir e-book:
 
 
 
  • KOBO (e-reader, apps Kobo, online e epub) 

 

Dois poemas do livro:

 

arqueologia

meu corpo carrega marcas de antiguidade
que merecem ser escavadas
mapas com veias
que indicam por onde outrora andei
manchas epidérmicas
que sinalizam histórias subterrâneas

meu corpo é, enfim, um jazigo de memórias
a serem desenraizadas

para isso, junto as mãos em formato de pá
e arranco minha própria pele
minha própria carne
minha própria ossada
o pior de mim
e jogo a antiquaria no meio da estrada

se minhas mazelas não me servem de adubo
que sirvam de entulho para alguém tropeçar.

 

beija-flor

parar,
ainda que voando.
voar,
ainda que parado.
beijar
tua flor em vivo néctar.
florir
teu vivo beijo em pólen.